Dentre muitas características de um coração cheio de Deus é que ele não sabe falar outra língua a não ser a da gratidão.
Já vivemos muitas experiências ao longo deste ano: cruzes, alegrias, recomeços, esperas, ressurreições, desafios, discernimentos e permissões. A partir disso, podemos nos questionar: estamos sendo gratos pelo que já passamos? Muitas vezes, a nossa tendência é deixar passar despercebido ou até mesmo murmurar. Mas, já nos exorta Santo Agostinho ao nos dizer que “a gratidão é a memória do coração”.
Por isso, nos faz bem e eleva nossa alma recordar tudo o que Deus tem feito em nosso favor e louvar. Esse louvor se dá na cruz, na oferta livre e no amor esponsal. Fruto disso, o Bom Deus gera em nosso coração a gratidão das almas esposas. Algo que supera nossa humanidade, limitações, desejos… Porque vai além, porque é divino!
E tudo isso só é possível através de um estado de oferta no qual nos doamos em gratidão a Deus pelo que fez, pelo que nos deu e até mesmo pelo que nos permitiu “perder” – uso as aspas porque em Jesus nada perdemos, mas tudo ofertamos – e diante dessa dinâmica somos inseridos numa vida de louvor.
O louvor pelo belo, pelas pequenas coisas, pela vocação recebida, pelo “sim” diante do altar, pelos votos de castidade, pela vivência do ordinário na rotina, por ir ao grupo de oração, ao ministério, a vigília, a célula, aos retiros… Como nos fala Moysés Azevedo: “você foi escolhido por Ele para viver uma dinâmica de oferta! Que dádiva imensa! O que você fez? Nada! Deus o chamou, o escolheu! Que dádiva!” (Rev. Escuta 2023, nº.10). Que esse mesmo Deus nos livre de toda murmuração e nos ajude a sermos gratos por tudo até aqui.
Fonte: Shalom