A história de nossa Paróquia começou há muito tempo atrás, em 1932, quando Dom Antônio dos Santos Cabral era arcebispo de Belo Horizonte. Naquela época o bairro ainda não existia, só havia matas e sítios com muitas plantações. Este lugar era conhecido como Várzea do Felicíssimo e pertencia à Paróquia São José do Calafate. Morava aqui a família do “seu” João Alves do Vale. Este senhor, vicentino e muito católico, resolveu doar para a Igreja o terreno onde foi construída a antiga “Capelinha”, muitos ainda se lembram dela, que recebeu o nome de São Sebastião. Esta capela depois de muito tempo, em 1956, passou a fazer parte da Paróquia do Salgado Filho, quando teve suas atividades religiosas mais organizadas. Na capelinha acontecia missa todo mês e as festas de São Sebastião e Santo Antônio, dos quais a família do seu João Alves era devota.
Em 1956, o diácono Paulo Lopes de Faria (que anos depois se tornará Bispo Diocesano de Niteroi, Itabuna e depois de Diamantina), da Paróquia São João Batista do Salgado Filho, veio ajudar no trabalho pastoral da “Capelinha” de São Sebastião e, logo que foi ordenado, assumiu totalmente a responsabilidade de conduzir a capela. Como o povo foi aumentando, Pe. Paulo e os moradores resolveram construir uma igreja maior, a mesma de hoje, que foi inaugurada em 1962. Em 1964, Pe. Paulo, junto com uma comissão de leigos, mudou o nome do local de Várzea do Felicíssimo que passou a se chamar Betânia e com este nome foi registrado na Prefeitura de Belo Horizonte.
A vida continuou e Pe. Paulo foi transferido para o bairro das Indústrias, ficando a Capela São Sebastião do Betânia novamente sem vida religiosa organizada, até 1971. Neste ano chegou o seminarista Luiz Carlos que trabalhou intensamente para o povo, foi ordenado diácono e logo após sacerdote. Como Padre, trabalhou muito na organização da comunidade, até que, em 1973, a capela foi decretada Paróquia de São Sebastião da Vila Betânia. Com a união e o trabalho de todos, foi construída a casa paroquial e grande parte do centro social.
A população em volta do bairro Betânia crescia muito e iniciou-se a construção da capela do Palmeiras, hoje Comunidade do Divino Espírito Santo. Pe. Luis Carlos foi transferido para o Bairro das Indústrias. Nossa Paróquia recebeu o Pe. Francisco, ficando de 1982 até 1985 e Pe. Ulisses, que permaneceu somente um mês. Neste período a Paróquia passou muitas dificuldades. Os Irmãos Maristas, que tinham duas casas aqui no Betânia, foram de grande ajuda neste período.
Em dezembro de 1985 chegou a Comunidade Missionária de Villaregia (CMV). A CMV chegou da Itália com dois Padres recém-ordenados, dois estudantes seminaristas, e quatro missionárias. Iniciou-se o período de adaptação e inculturação. Modificações nas instalações da paróquia se fizeram necessárias para começar um novo trabalho na Paróquia. Com o passar dos anos, outros missionários e missionárias foram chegando. Em 1989, com o consenso do Conselho pastoral paroquial, iniciou-se uma nova etapa em nossa Paróquia, com a implantação de um Plano pastoral paroquial, que queria atingir mais pessoas.
Realizou-se a primeira “Semana de Encontro”. No final, com a aprovação do povo, cerca de 350 pessoas, foi acolhida a proposta de fazer uma caminhada rumo a transformação da paróquia numa “Comunhão de Comunidades”.
A Paróquia foi dividida em 35 regiões, cada uma com sua coordenação de leigos. Foi implantado o primeiro serviço descentralizado: o dos mensageiros, que levavam o jornal paroquial em todas as casas. Formou-se a primeira ECPP (Equipe de coordenação do Plano pastoral) e a equipe de redação do jornalzinho paroquial. Em comunhão com a Arquidiocese que também iniciava o Projeto Pastoral “Construir a Esperança”, começava um novo Plano pastoral, que encerrou-se, com muitos frutos, em 2009, com a introdução do atual Projeto Paroquial Comunitário e Missionário.