Formação

João Paulo II: legislador da Igreja

Congresso dedicado ao Beato Wojtyla

LUGANO, quarta-feira, 21 de março de 2012 (ZENIT.org) – Um Congresso que mostra um novo rosto do Beato João Paulo II acontecerá em Lugano, na Universidade Suíça italiana na quinta-feira, 22 de março, e na sexta-feira, 23.

O Congresso está sendo organizado pela Fundação João Paulo II de Roma, presidida por Sua Eminência o cardeal Stanislao Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os leigos, em colaboração com o instituto internacional de Direito Canônico de Direito comparado das religiões (DiReCom) da Faculdade de teologia de Lugano, dirigida pelo prof. Libero Gerosa.

O Congresso quer mostrar não só o Pontífice que criou dois Códigos, o novo código de Direito Canônico para a Igreja Latina (CIC) em 1983 e o código dos cânons das Igrejas Católicas Orientais (CCEO) em 1990; mas o Congresso também quer mostrar o Papa que colocou as bases para uma nova hermeneutica canonista.

João Paulo II sempre concebeu os dois códigos como documentos complementares do Concílio Vaticano II, e justo por isso, como o primeiro documento da Nova Evangelização, afirmou o prof. Gerosa.

O Congresso prestará muita atenção “ao modo como João Paulo II sempre concebeu e interpretou o direito internacional, o direito entre os povos”, lembrou o prof. Gerosa.

“No grande processo de codificação levado adiante por João Paulo II encontramos um novo sujeito principal de todo o sistema jurídico da Igreja, que não é mais, como em 1917, o clero, mas o Christifideles”, ou seja o fiél que não significa o leigo, mas “a figura jurídica emergente do seguimento de Cristo, que está em qualquer estado de vida eclesial: clero, pessoas consagradas, fiéis leigos”, acrecentou Gerosa.

O Congresso contará com a presença de grandes especialistas de Direito Canônico e afrontará temas muito interessantes, como também “A Igreja Católica e a Comunidade Européia em João Paulo II”.

Declarou, por fim, o prof. Gerosa: “Ouso afirmar que, dentro desta perspectiva de Wojtyla a grande crise das democracias ocidentais atuais não está no fato de que elas não sejam capazes de comprometer os jovens no processo do poder, mas no fato de que não sejam capazes de transmitir os valores sobre os quais uma democracia deve estar fundada”.