O Ano Santo da Misericórdia
Jubileu Extraordinário promulgado pelo Papa Francisco.
“Sede misericordiosos como o Pai” (Lc 6,36)
Eis uma ocasião especial para não perder: O Ano Santo da Misericórdia. Inicia no dia 8 de dezembro próximo, Solenidade de Maria Imaculada, e conclui-se o 20 de novembro de 2016, festa de Cristo Rei. Será aberta a Porta Santa da Basílica de São Pedro e, em seguida, as Portas Santas das outras três basílicas maiores de Roma: S. João Latrão, S.Paulo Fora dos Muros e S. Maria Maior. A abertura do jubileu acontecerá no 50.º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II expressando, na intenção do Papa, o convite para continuar a obra começada com este importante Concilio.
1. O que é um jubileu?
A palavra jubileu vem do hebraico yobel, que é o chifre do cordeiro com que se anunciavam grandes eventos. Jubileu provém também da palavra latina iubilum, que significa "grito de alegria".
O Jubileu era, para o povo hebreu, um ano declarado santo que acontecia a cada 50 anos no qual se libertavam os escravos e se perdoavam as dívidas, significando a igualdade e a dignidade de todos.
Na Igreja Católica, o 1º Ano Santo aconteceu em 1300, com um significado novo: oferecer um perdão geral e uma possibilidade de renovar a relação com Deus e com o próximo. O Jubileu pode ser ordinário, ou seja celebrado, desde 1475, a cada 25 anos; ou Extraordinário, que o Papa proclama para celebrar algum evento particular. Até hoje, foram realizados 26 anos santos ordinários, sendo o último o Jubileu do ano 2000.
2. Por que o Papa convocou o Ano Santo?
O Papa explica: "Um Ano Santo para sentirmos intensamente em nós a alegria de ter sido reencontrados por Jesus, que veio, como Bom Pastor, à nossa procura, porque estávamos extraviados. Um Jubileu para nos darmos conta do calor do seu amor. (…). Um Jubileu para pôr novamente no centro o sacramento da Reconciliação que nos permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia de Deus”. Durante o ano jubilar, as leituras para os domingos do tempo comum serão do Evangelho de Lucas, chamado "o evangelista da misericórdia".
3. O que é a Porta Santa?
O Papa Francisco estabeleceu que, não somente em Roma, mas também em cada Igreja particular (= diocese), se abra, durante o Ano Santo, uma Porta Santa da Misericórdia. A abertura da Porta Santa expressa simbolicamente que, durante o jubileu, se oferece aos fiéis um caminho extraordinário para a salvação.
4. Qual o significado da indulgência?
No Ano Santo todo cristão poderá beneficiar-se da indulgência plenária, ao passar pela Porta da Misericórdia e observando nos dias em que visitar um local designado – as seguintes condições: arrependimento e confissão dos pecados, assistir à Santa Missa, rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória nas intenções do Papa. Enfim, praticar as obras de misericórdia espirituais e corporais.
"O Papa Francisco esclarece o significado profundo da indulgência: Apesar do perdão, carregamos na nossa vida as consequências dos nossos pecados. No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Igreja, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado. […] Portanto, viver a indulgência no Ano Santo significa aproximar-se da misericórdia do Pai, com a certeza de que o seu perdão cobre toda a vida do fiel. A indulgência é experimentar a santidade da Igreja que participa em todos os benefícios da redenção de Cristo, para que o perdão se estenda até as últimas consequências aonde chega o amor de Deus".
5. Qual é o significado do logotipo?
O logotipo e o lema são uma síntese da proposta do Ano jubilar. O lema "Misericordiosos como o Pai", propõe viver a misericórdia a exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38). O logotipo mostra o Filho que, como bom pastor, carrega aos seus ombros a ovelha, o homem perdido e, o com o seu amor, o faz capaz de mudar de vida.
Um detalhe é significativo: os olhos do Bom Pastor confundem-se com os do homem a significar a profunda união-identificação de Cristo com cada homem.
A cena é colocada dentro da amêndoa que, desde o início do cristianismo, recorda as duas naturezas, divina e. humana, de Jesus Cristo. As três ovais concêntricas, progressivamente mais claras, sugerem como Cristo conduz a humanidade para fora da noite do pecado e da morte.
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